Um termo tecnológico cada vez mais mencionado por aí é o tal do “machine learning”, que, em português, significa “aprendizado de máquina”. É fácil deduzir que a tecnologia se trate de máquinas e sistemas capazes de adquirir novos conhecimentos por conta própria, mas muita gente ainda não sabe, exatamente o que é o machine learning, como ele surgiu, onde ele é aplicado e qual o seu potencial para o futuro da tecnologia, em geral.
Mas calma, a gente explica!
O começo de tudo
Tudo começou em 1959 com o pioneiro da inteligência artificial, Arthur Samuel, engenheiro do MIT. Foi ele quem criou o termo “machine learning” naquele mesmo ano, descrevendo o conceito como “um campo de estudo que dá aos computadores a habilidade de aprender sem terem sido programados para tal”. Na época, Samuel trabalhava em um projeto para criar uma máquina autônoma com estas características.
Mas foi somente com o advento da Internet que o machine learning começou a tomar forma, já que, com tanta informação coletada e armazenada na web, foi preciso criar meios de organizar esse conteúdo gigantesco de maneira automatizada – e um dos pilares do machine learning é justamente a análise de dados com a finalidade de detectar padrões.
Big Data tem papel importante
E o big data entra na história, já que, em sua essência, a tecnologia faz exatamente isso: armazena toneladas de dados obtidos por meio de redes sociais, mecanismos de buscas, e, até mesmo, por meio de microfones e câmeras de smartphones. Então, algoritmos cada vez mais inteligentes fazem uma verdadeira varredura dessa quantidade gigantesca de informações e, a partir do momento em que padrões são descobertos, os sistemas se tornam capazes de fazer previsões com base nesses padrões.
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Um exemplo prático que já faz parte do cotidiano de muitas pessoas são as sugestões de produtos que aparecem em sites e redes sociais. Já reparou que, cada vez mais, produtos anunciados para você são exatamente aquilo que você queria, ou, ainda, itens que você nem sabia que existiam, mas que atendem a alguma necessidade específica? Pois isso é o machine learning entrando em ação, indicando produtos para seu consumo com base em seus hábitos e preferências online.
O machine learning também já funciona com eficiência em aplicativos que exibem rotas no trânsito, como o Google Maps, por exemplo, ou, ainda, em filtros anti-SPAM de e-mails e, até mesmo, em sistemas de segurança de bancos. E, como esta tecnologia ainda tem muito crescimento pela frente, a coisa só tende a crescer, sendo aplicada em uma quantidade cada vez maior de sistemas que fazem parte do nosso dia-a-dia.
Além do machine learning
Algo que já está acontecendo é a criação das chamadas redes neurais, desenvolvidas por cientistas computacionais que usam o machine learning para simular o funcionamento do cérebro humano artificialmente. E isso já cai para o campo da inteligência artificial, que provê a máquinas e sistemas a capacidade de realizar tarefas de maneira inteligente e autônoma, usando o machine learning para seu aprimoramento.
Fonte: CanalTech